quarta-feira, 21 de julho de 2010

Patriota...ser ou não ser, eis a questão!


Durante a copa na África observei que tanto na cidade de São Paulo, como no Brasil inteiro, as pessoas faziam questão de colocar bandeiras nas janelas, pintar as paredes e ruas, e se enfeitarem dos pés a cabeça nos dias dos jogos do Brasil. Legal, eu também fazia isso! Mas o que me chamou mais a atenção foi o que notei nos dias que se passaram após a eliminação. Aquelas bandeiras que muitos faziam questão de expor em suas janelas, nos bares, e até mesmo nos carros, desapareceram por completo. Foi então que um dia parei para conversar sobre isso com a minha namorada, e comparamos como “NOSSA” atitude é totalmente oposta à dos norte-americanos. É visível o patriotismo deles. Na vitória e na derrota fazem questão de mostrar sua bandeira. Quem nunca reparou que nos filmes de Hollywood sempre aparece uma bandeira norte-americana em cima de um prédio, ou em cima de uma mesa? Quem nunca viu, ou pessoalmente ou por alguma reportagem, que a maioria das casas, independentemente da ocasião, tem lá sua bandeira pendurada? Se eu comparar o dia da independência, já vai ser sacanagem. Não tô puxando a “sardinha” pro lado deles, de forma alguma, só estou revelando meu ponto de vista sobre como nós, brasileiros, não demonstramos tanto nosso amor pela pátria. O que parece é que só somos patriotas de quatro em quatro anos. E olhe lá, hein! Deixa o técnico ser um Dunga da vida que muitos são capazes de torcer até pelos “hermanos”. Ou seja, “Terra adorada / Pátria Amada, Brasil”...isso tudo só vale se trouxer a taça. E vamos ser realistas, jogador de futebol só que saber de dinheiro, só pensa em se auto-promover. Não vou generalizar, mas é nítido que muitos dos jogadores quando chegam na seleção não pensam na honra de defender as cores do Brasil, mas sim no dinheiro, no aumento de salário, numa possível ida para Europa. Nós torcedores nunca vamos deixar de torcer, mas chega uma hora que cansa, né? Dá pra perceber quando o jogador é estrelinha, que só joga quando tem algum interesse por trás. E isso eu já não vejo tanto em outras modalidades esportivas. Nas Olimpíadas, por exemplo, você vê que a pessoa tem prazer em mostrar sua bandeira. Toda vez que sobem ao pódio, mesmo não sendo a conquista do ouro, a emoção que nos passam quando choram ouvindo o hino é contagiante. A diferença entre um jogador de futebol e um atleta olímpico, é que o jogador usa a pátria para se promover, e o atleta se usa para promover a pátria. Claro que todos buscam um retorno financeiro na vida. Não digo que um é santo e o outro é o diabo. Mas me refiro à diferença quando defendem nossa bandeira. Essa questão do esporte é só um exemplo. Nós que sonhamos um dia ver o Brasil como uma potência mundial, de igualdade social para todos, temos que dar o exemplo. Se esperarmos isso começar pelos “senhores de Brasília”, não iremos a lugar nenhum. Se nomearmos um jogador mercenário de soldado, estes serão os generais. Se brincar são até capazes de alugar o Brasil.

Esse foi o meu “PROTESTE JÁ”! Vamos mostrar que somos patriotas não só em uma copa do mundo, mas no nosso dia-a-dia. Nosso país é maravilhoso, novo povo é batalhador, vamos dar nossa parcela de contribuição mesmo que seja com uma atitude simbólica, como deixar ou colocar uma bandeira na janela de casa ou pendurada no carro. Os próximos dez anos serão históricos para o Brasil. Vamos abrir as portas de casa para o mundo inteiro conhecer. Vamos demonstrar para eles o amor de um povo heróico, dos filhos deste solo, dessa pátria amada que se chama BRASIL!

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