segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Um momento de reflexão

O sorriso que já foi natural, hoje é apenas casual.
Tanta coisa mudou, tanta coisa ainda está mudando.
O que é certo? O que é errado? que confusão!
Se o "mundo é redondo e gira", porque a impressão de que está quase parando e não sai do lugar?
De um lado, um conselho: Siga em frente! Do outro, um sussurro: Não dá mais!
Lá no fundo um aperto bem forte se torna parte do dia-a-dia.
Cada palavra e cada atitude começam a ter inúmeras interpretações.
Tem horas que vem o medo, já em outras a confusão. Seria "bipolar"?
O que está acontecendo? O mundo está ao contrário e ninguém reparou?
Pode ser apenas a maneira que a vida é encarada.

A intenção era colocar a música, mas o "UPLOAD" só deu erro. Resolvi deixar a letra da  música.

Pensar. Refletir. Imaginar. Sonhar. Amar.
Tudo tem um sentido, só é preciso descobrir.



quarta-feira, 21 de julho de 2010

Patriota...ser ou não ser, eis a questão!


Durante a copa na África observei que tanto na cidade de São Paulo, como no Brasil inteiro, as pessoas faziam questão de colocar bandeiras nas janelas, pintar as paredes e ruas, e se enfeitarem dos pés a cabeça nos dias dos jogos do Brasil. Legal, eu também fazia isso! Mas o que me chamou mais a atenção foi o que notei nos dias que se passaram após a eliminação. Aquelas bandeiras que muitos faziam questão de expor em suas janelas, nos bares, e até mesmo nos carros, desapareceram por completo. Foi então que um dia parei para conversar sobre isso com a minha namorada, e comparamos como “NOSSA” atitude é totalmente oposta à dos norte-americanos. É visível o patriotismo deles. Na vitória e na derrota fazem questão de mostrar sua bandeira. Quem nunca reparou que nos filmes de Hollywood sempre aparece uma bandeira norte-americana em cima de um prédio, ou em cima de uma mesa? Quem nunca viu, ou pessoalmente ou por alguma reportagem, que a maioria das casas, independentemente da ocasião, tem lá sua bandeira pendurada? Se eu comparar o dia da independência, já vai ser sacanagem. Não tô puxando a “sardinha” pro lado deles, de forma alguma, só estou revelando meu ponto de vista sobre como nós, brasileiros, não demonstramos tanto nosso amor pela pátria. O que parece é que só somos patriotas de quatro em quatro anos. E olhe lá, hein! Deixa o técnico ser um Dunga da vida que muitos são capazes de torcer até pelos “hermanos”. Ou seja, “Terra adorada / Pátria Amada, Brasil”...isso tudo só vale se trouxer a taça. E vamos ser realistas, jogador de futebol só que saber de dinheiro, só pensa em se auto-promover. Não vou generalizar, mas é nítido que muitos dos jogadores quando chegam na seleção não pensam na honra de defender as cores do Brasil, mas sim no dinheiro, no aumento de salário, numa possível ida para Europa. Nós torcedores nunca vamos deixar de torcer, mas chega uma hora que cansa, né? Dá pra perceber quando o jogador é estrelinha, que só joga quando tem algum interesse por trás. E isso eu já não vejo tanto em outras modalidades esportivas. Nas Olimpíadas, por exemplo, você vê que a pessoa tem prazer em mostrar sua bandeira. Toda vez que sobem ao pódio, mesmo não sendo a conquista do ouro, a emoção que nos passam quando choram ouvindo o hino é contagiante. A diferença entre um jogador de futebol e um atleta olímpico, é que o jogador usa a pátria para se promover, e o atleta se usa para promover a pátria. Claro que todos buscam um retorno financeiro na vida. Não digo que um é santo e o outro é o diabo. Mas me refiro à diferença quando defendem nossa bandeira. Essa questão do esporte é só um exemplo. Nós que sonhamos um dia ver o Brasil como uma potência mundial, de igualdade social para todos, temos que dar o exemplo. Se esperarmos isso começar pelos “senhores de Brasília”, não iremos a lugar nenhum. Se nomearmos um jogador mercenário de soldado, estes serão os generais. Se brincar são até capazes de alugar o Brasil.

Esse foi o meu “PROTESTE JÁ”! Vamos mostrar que somos patriotas não só em uma copa do mundo, mas no nosso dia-a-dia. Nosso país é maravilhoso, novo povo é batalhador, vamos dar nossa parcela de contribuição mesmo que seja com uma atitude simbólica, como deixar ou colocar uma bandeira na janela de casa ou pendurada no carro. Os próximos dez anos serão históricos para o Brasil. Vamos abrir as portas de casa para o mundo inteiro conhecer. Vamos demonstrar para eles o amor de um povo heróico, dos filhos deste solo, dessa pátria amada que se chama BRASIL!

terça-feira, 16 de março de 2010

Agora quem dá bola é...

Falar de futebol é a coisa mais fácil do mundo, até mesmo para os que não entendem muito. Eu sempre digo: Jogo é jogo, clássico é clássico! Em um clássico tudo pode acontecer. Independente da situação da equipes em um campeonato, quando se joga um grande clássico, os jogadores se desdobram dentro de campo. Ninguém quer perder para um rival. Falando especificamente do futebol paulista, perder um clássico é algo inaceitável, e dependendo do time que perder, é crise na certa. Para um jogador de futebol, jogar um clássico pode ser a consagração ou um desastre na carreira. Imagino a sensação que deve ser quando chegar no estádio, ao pisar no campo para jogar um Palmeiras x Corinthians, Santos x São Paulo, Corinthians x Santos, São Paulo x Palmeiras. Deve ser uma coisa louca, uma sensação indescritível. As pernas devem tremer, o coração acelerar, dar um baita frio na espinha... tudo ao mesmo tempo. (risos) Mesmo para os mais experientes, não deve ser tão diferente. È claro que esses conseguem administrar melhor essa situação, e após a bola rolar, conseguem se soltar aos poucos e desenvolver seu melhor futebol. Pode-se dizer que falar de futebol é até prazeroso. Aquela discussão na mesa do bar com os amigos. Qual é o melhor time, que jogador joga mais, se foi pênalti, se merecia ser expulso... Podemos passar horas falando de futebol. Todo esse contexto é para falar de um jogo, que pra mim, foi um dos melhores que já vi.
No último final de semana, dia 14/03/2010,
estádio da Vila Belmiro, jogaram Santos x Palmeiras.
Um jogo emocionante do começo ao fim. O Palmeiras vinha com a missão de ganhar a qualquer custo para ainda ter chances de classificação no campeonato Paulista. O momento do time não era dos melhores. Já o time do Santos era o time do momento. Futebol vistoso, alegre...bonito de ser ver. Com um jogo rápido e de muita habilidade, o time do Santos envolveu o time do Palmeiras já nos primeiros minutos de jogo.Robinho, Neymar, Paulo Henrique Ganso e Cia, envolviam o time do Palmeiras com o futebol moleque (principal característica da equipe santista). E não demorou muito para sair o primeiro gol. Após um erro grotesco do volante Pierre na saída de bola, Robinho desce pelo meio, abre na ponta para o lateral Pará, que com muita categoria corta o lateral Eduardo e encobre o goleiro Marcos. Golaço! Com a vantagem no placar, a equipe santista começou a apertar o time do Palmeiras, virando o jogo e tocando a bola com rapidez. O time do Palmeiras estava perdido em campo. Errava muitos passes e não conseguia sair para o jogo. Com isso a equipe santista se aproveitou da situação e ampliou a vantagem. Paulo Henrique Ganso dá lindo toque no meio da defesa palmeirense e encontra Neymar, livre, que domina com facilidade e toca por cima na saída do goleiro Marcos. 2 x 0. Logo após tomar o segundo gol, pensei: Agora não dá mais! Isso porque estava assistindo um futebol burocrático por parte do Palmeiras, e o time do Santos brincando em campo. Foi então que uma cena me chamou a atenção.Na comemoração do segundo gol, os jogadores do Santos dançavam, pulavam e rebolavam no campo.
 
Já haviam dançando no primeiro gol(comemorar um gol faz parte. É o momento de alegria, por isso não posso recriminar os jogadores), mas foi a partir desse momento que senti que a vibração da equipe palmeirense dentro de campo havia mudado. O toque de bola começou a sair, e a garra começou a superar a técnica. O jogo se encaminhava para o intervalo quando o meia Diego Souza sofreu falta próxima a linha de fundo. O meia Clayton Xavier cobra para o dentro da área e encontra Robert livre de marcação que sobe sozinho e cabeceia para o fundo da redes, diminuindo o placar. 2 x 1. Não houve muita comemoração. O zagueiro Léo apanha a bola dentro do gol e corre para o meio de campo, enquanto Robert vibra com a torcida. Foi então que a partida tomou outro rumo. Um minuto depois, a zaga do Palmeira rifa a bola, o meia Diego Souza domina no peito, dá um lindo toque de calcanhar para a passagem do lateral Armero (o personagem do jogo) que chega cruzando e Robert bate de primeira no contrapé do goleiro Felipe. É gol, e que golaço! O Palmeiras chega ao empate com a equipe santista, mas por incrível que pareça, o que mais marcou o primeiro tempo não foi o empate do Palmeiras, mas sim a comemoração dos jogadores palmeirenses. Engasgados com a dança dos santistas, o jogadores palmeirenses resolveram pagar com a mesma moeda e dançaram de frente para a torcida santista. Até então, tudo normal. Mas foi um jogador do Palmeiras que roubou a cena... Pablo Armero. Empolgado com o gol, o lateral palmeirense fez uma coreografia muito louca. Misturou um pouco de candomblé, axé, rebolation...parecia que estava possuído. (risos 10x). Posso dizer que foi a comemoração mais hilária que já vi um jogador de futebol fazer. Entenderam porque ele foi o personagem do jogo? (risos)
Voltando à partida, posso dizer que o segundo tempo foi um jogaço. Como já disse anteriormente, um dos melhores que já vi. O Palmeiras voltou para campo mais centrado, tocando bem a bola e aproveitando os contra-ataques. O Santos procurava atacar, mas já não tinha mais tanto espaço. E foi aproveitando a queda de rendimento da equipe santista que o Palmeiras virou a partida. Em jogada ensaiada em cobrança de falta, Clayton cobra para dentro da área, o zagueiro Léo escora de cabeça e a zaga do Santos tenta cortar. A bola bate na trave e volta para Diego Souza, que livre de marcação, faz o terceiro do verdão. E dá-lhe dancinha na comemoração.
A partir daí o jogo ficou totalmente eletrizante. O Santos procurava pressionar, e o Palmeiras saia com bom posse de bola. Jogaço! Os técnicos começaram a trabalhar, e fizeram as substituições que acharam ideais. No Santos entraram Maranhão, Zé Eduardo e Madson. No Palmeiras, Márcio Araújo, Ivo e Lincoln. As substituições não alteraram o ritmo da partida. De tanto pressionar, o Santos chegou ao gol de empate. E mais uma bela bola enfiada por Ganso, Madson recebe e toca na saída e Marcos. Dessa vez, ouve provocação. Madson fica de quatro e imita um porco. A partida estava empatada novamente. 3 x 3. A equipe santista queria aproveitar a pressão e virar o jogo, mas em um lance totalmente infeliz, Neymar dá uma forte entrada por trás em Pierre. Não teve conversa, cartão vermelho. Com isso o Palmeiras conseguiu se soltar mais em campo, e em uma roubada de bola no meio de campo, Lincoln tira a bola de Arouca, que sobra para Robert. O Atacante arrisca de longe e acerta o ângulo do goleiro Felipe. Golaçooooo. O Palmeiras estava de novo na frente. 4 x 3. Na saída de bola o Santos quase chega ao empate novamente. Robinho sai costurando pelo meio, toca para Madson que driblou o zagueiro Léo e sofreu falta. Lembra da comemoração do porco? Aqui se faz aqui se paga! (risos). Na cobrança de falta, Marcos defende, a bola bate e rebate e o juiz termina a partida. Vitória do Palmeiras! 4 x 3.
Fiz uma pequena narrativa de como foi o jogo, mas minha intenção era poder mostrar nesse texto a emoção que essa partida teve. Ver um Robinho e Neymar indo pra cima dos jogadores, pedalando, gingando com dribles disconsertantes. (Se bem que esses dois ficaram devendo, principalmente o Robinho). Ver a técnica com que joga o Ganso. Na minha opinião, é o melhor do time. Joga muito. Cracaço! No Palmeiras ver o nosso goleiro Marcão fechando o gol, o Pierre com sua garra no meio de campo, e o Diego Souza indo pra cima da zaga com técnica e força física. Foi um jogo digno dos grandes jogos de Palmeiras x Santos dos anos 50, 60 e 70. Já li e ouvi em muitos programas de esporte que o time do Palmeiras era a única equipe que conseguia bater o histórico Santos de Pelé. Nessa semana muitos meios de comunicação relembraram de um jogo de 1958, quando Palmeiras e Santos fizeram um jogo que marcou a história com a morte de 5 torcedores de ataque cardíaco. O jogo terminou 7 x 6 para o Santos, mas dizem que foi, talvez, o melhor jogo entre as duas equipes. Futebol é tudo de bom. As pessoas precisam aprender a torcer e respeitar a escolhe de cada um. Brigar na leva a nada, ainda mais por futebol. È claro que sempre haverá aquela provocação com a derrota de seu time, ou com a conquista de título do meu. Mas que fique só na provocação, afinal...
Quem dança por último, dança melhor!



quinta-feira, 11 de março de 2010

O mundo é redondo e gira!

Desde a primeira vez que ouvi essa frase, percebi que essa seria a frase que eu levaria para o resto da vida. Não me pergunte por que, mas me identifiquei de cara e notei o quanto pode ser significativa. Outro dia mesmo... Encontrei um bêbado se apoiando em um poste. Ele estava quase caindo. Ofereci ajuda para ele chegar até em casa, mas sabe o que ele me disse? Se o mundo é mesmo redondo e gira, minha casa vai passar por aqui! Fala sério, a piada foi boa! (risos)
Por muito tempo deixei essa frase no link do meu MSN, e muitos me perguntavam qual era o sentido dela. Eu respondia sem responder, entendeu? Isso depende muito do ponto de vista de cada um, por isso não adiantava eu dizer o significado que ela tem pra mim, sendo que a sua interpretação pode ser diferente da minha. É claro que se levarmos em conta o ponto de vista científico, alguém pode pensar: “Nossa, mas que frase mais idiota! É claro que o mundo é redondo e gira!”. Seguindo essa metodologia, realmente terei que concordar que o mundo é redondo, que gira em torno de si próprio e em torno do sol, que é o que chamamos de rotação e translação, que o dia tem vinte e quatro horas e o ano trezentos e sessenta e cinco dias. Mas se fosse pra seguir essa idéia, esse texto ficaria muito chato, e na verdade, seria uma aula de ciências.
O significado dessa frase pra mim condiz muito com as atitudes que temos no nosso dia-a-dia. Não entendeu? Vou tentar explicar. Quando te pedirem um favor, e se for algo que esteja ao seu alcance, não hesite em ajudar. O mundo é redondo e gira, você pode precisar amanhã. Não que alguém tenha que fazer alguma coisa pensando no retorno, mas o amanhã pode ser nublado pra você, e isso é a mais pura realidade. Isso é apenas um dos exemplos que tenho, mas na verdade o significado dessa frase é muito relativo. Cada ato impensado, cada palavra mal dita, cada atitude indevida, podem trazer conseqüências desagradáveis. Prejudicar uma pessoa, seja no trabalho, seja na sua casa, seja um amigo, ou até mesmo um desconhecido, o que foi feito ou desejado poderá voltar para você em dobro. O dia poderá passar em até menos de vinte e quatro horas, o mês poderá ter mais ou menos de trinta e um dias, e nunca saberemos o que nos aguarda no “amanhã”. Nunca julgue sem conhecer, nunca fale sem saber, procure sempre uma alternativa, pois sempre existe uma boa solução. Pessoal, não sou o senhor perfeição. Já errei muitoooooo! Mas foi exatamente com os erros que aprendi e ainda aprendo a pensar, repensar e refletir antes de falar ou fazer. Claro que somos todos seres humanos, e não mandamos nos nossos sentimentos. Às vezes explodimos, falamos tudo o que vêm na cabeça, tomamos atitudes erradas, e só percebemos as conseqüências depois do erro. E aí? Dá pra consertar? Às vezes até dá, mas vai depender muito da situação. Quem nunca discutiu com alguém da família, ou brigou com um amigo(a), ou com a namorada(o), e depois se arrependeu? Eu já! Váriasssss vezes! Mas na maioria das vezes me arrependi tanto, que pensava e repensava sem parar no que aconteceu. Sou um cara muito orgulhoso, e muitas vezes demorei para corrigir meus erros. Isso é muito ruim, pois se você está realmente arrependido do que fez ou falou, a melhor coisa é pedir desculpas (às vezes até perdão). Acredito que quando mais se demora para admitir um erro, mas a angústia aumenta dentro de você. Até inventei uma regrinha para os momentos turbulentos que enfrentamos na nossa vida. Utilize os 3 R’s. O que são os 3 R’s? Não, não é Reduzir, Reutilizar e Reciclar (Risos). Na minha regra, não é nada mais do que Respire, Repense e Reflita. Seguindo essa regra básica, você conseguirá se dar melhor com as pessoas, e com certeza, ficará melhor consigo mesmo. Acho que falar dessa frase é mais um desabafo do que querer colocar alguma coisa na cabeça de quem ler essa postagem. É lógico que é sempre legal quando alguém concorda com o que você pensa e fala. (risos). Por hoje é só, mas nunca esqueçam...

O mundo é redondo e giiiiiiiira...e gira...e gira...e gira...e gira....

segunda-feira, 1 de março de 2010

Qual é o sentido da vida?

Hoje pela manhã recebi uma notícia muito desagradável. Havia falecido o tio de um amigo de infância. Ele havia caído da laje de sua casa a cerca de uns oito meses, e desde então, estava lutando pela vida. Na hora da notícia fiquei meio sem reação. Não sabia o que falar ou que atitude tomar. Comecei a pensar e lembrar de seu rosto. Busquei lembranças bem antigas, e lembrei-me de algumas vezes que ia brincar com o M em sua casa e ele estava dormindo por trabalhar no período noturno. Lembro-me que era uma pessoa pacata, que vivia uma vida simples, mas honesta. Após esse “flash”, já comecei a pensar em como estaria sua família naquele momento, se estariam sofrendo ou aliviados por ter acabado seu sofrimento. Na parte da tarde resolvi ir ao cemitério. Chegando lá, deparei-me com rostos tristes, de amigos e familiares, todos presentes para dar o seu Adeus para uma pessoa que deixará saudades. Um pouco mais distantes da sala do velório, estava seu filho mais novo. Um garoto de apenas 13 anos, que soluçava de tanto chorar com a perda de seu pai. Foi uma cena que me deixou muito sentido, com o coração partido. Aproximei-me e lhe dei um abraço dizendo: Força muleque, ele foi pra um lugar melhor e agora vai descansar em paz. Não sei bem se era o que ele precisava ouvir naquele momento, mas procurei dizer alguma coisa que pudesse lhe dar um pouco de paz. Em seguida, fui dar meus pêsames para os outros familiares. Alguns demonstravam firmeza, mas no fundo, dava pra perceber o sofrimento deles. Nessas horas, acredito que não tenha nada que possamos fazer. Sentia-me com as mãos atadas, pensando no que falar e no que fazer. Resolvi, então, dar força com um gesto que muitos vezes significa muito mais que mil palavras. Um abraço. Percebi que apenas com esse gesto de carinho, todos já se sentiam mais consolados. À hora do enterro foi o momento mais doloroso. O M puxou um “Pai Nosso”, onde todos rezaram. Em seguida, o caixão foi descendo lentamente para o lugar aonde todos nós iremos um dia: Os terríveis sete palmos abaixo da terra! Porque terríveis? Por que naquele momento comecei a pensar no sofrimento que é perder alguém tão próximo. Na sensação horrível que deve ser enterrar um ente querido. Comecei a pensar que um dia eu estarei dentro de um caixão e sendo enterrado. Sinceramente, me deu arrepios pensar nisso tudo. Após todos esses questionamentos, refleti sobre uma coisa que ainda não sei a resposta. “A morte é tão horrível, tão indesejada, tão sofrida, que todos nós temos um sentimento de medo só de pensar”. Mas ao mesmo tempo eu me pergunto: qual é o sentido da vida? O que a gente leva desse mundo? Existe resposta? Acho que isso vai muito da interpretação de cada um. Ao abservar as pessoas em minha volta, notei que cada um tinha uma maneira de agir. Uns se abraçavam, outros choravam, outros apenas observavam (como eu). Observando cada gesto, me lembrei de um refrão da música Pais e Filhos, Legião Urbana. “É preciso amar as pessoas, como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há”. Indo embora do cemitério, pensei muito sobre esse refrão. Pensei em como é importante darmos valor para as pessoas que fazem parte da nossa vida. Como é importante o amor da família, o carinho dos verdadeiros amigos, as risadas nas churrascadas de finais de semana, toda a diversão que é possível de se ter nessa vida. Não sei se tudo isso vai com a gente pra debaixo da terra, mas com certeza, ficará guardado no coração e nas lembranças das pessoas que nos amam. E quer saber qual é a conclusão que tirei de tudo isso?

O que se leva da vida é a vida que se leva!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

...


Para essa primeira postagem eu não sabia bem qual título deveria dar. Por isso resolvi deixar os ..., e sair escrevendo tudo que viesse na cabeça. Poderia muito bem escrever sobre minha vida, meus amigos, minha família, namorada, meu time de coração (dá-lhe verdão!), entre mil outros possíveis assuntos. Mas achei melhor só escrever. Ir digitando sem parar e ver no que iria dar. Acho que posso dizer que essa primeira postagem é a "Introdução" de todas as próximas postagens que virão. É até engraçado não ter um título agora, pois o título que dei para o blog reflete bem como sou no meu dia-a-dia...um sonhador! Como passo o dia pensando e imaginando sobre diversas situações da minha vida e de tudo que acontece ao meu redor, resolvi anotar cada "tema" num pedaço de papel para não me esquecer na hora de escrever aqui...(risos).
Enfim...acredito que daqui um tempo terei escrito alguma coisa para que o Blog fique mais interessante e atrativo.


Sejam todos bem vindos!

Kleber Nascimento